Anastácia Bonifácio, secretária da associação das Mulheres de S.Nicolau é quem gere a loja comunitária pertencente à associação que é constituída por 13 mulheres.
Anastácia já está neste trabalho há aproximadamente 3 anos e é ela quem está a incentivar as associações recentemente formadas e que também vão gerir um pequeno negócio.
Anastácia mais conhecida na sua comunidade por “Tarachinha” com o seu gesto simples e simpático contou às mulheres de Uba Budo como tem sido os trabalhos da sua associação e como têm feito para ter sucesso até agora.
“Eu expliquei como é que devem funcionar, agora no início elas têm que começar a pagar a quota, a participarem nos trabalhos promovidos pela associação e quem não paga a quota não poderá usufruir dos benefícios da associação. Mas também tem que ter uma pessoa com muita paciência, que não pode ser ignorante, calma porque se forem ignorantes a associação vai abaixo. Quando começarem a venda terão que apontar no papel e no fim do dia chamar todas mulheres para fazerem as contas, e esse dinheiro é entregue à tesoureira da associação para guardar porque não faz sentido dividir o dinheiro diariamente ou mensalmente. O melhor mesmo é anual, tiram a “mãe de dinheiro” e todo o resto é lucro que será dividido por todas as mulheres da associação. Mas esse dinheiro é para ajudar as crianças porque há pais que não ajudam as mães. Também quero dizer às mulheres do país que essa actividade é muito importante para nós que quando a ADRA chega à comunidade abramos os nossos braços e receber o que eles trazem para nós.”
As mulheres da Associação de Uba Budo que vão gerir uma loja comunitária e uma bomba de combustível ficaram muito atentas e fizeram várias perguntas que foram respondidas por Anastácia.
Maria Livramento Tavares, uma das presidentes da associação das mulheres disse:
“Eu gostei muito como ela esclareceu tudo perante as mulheres da associação de Uba Budo para todas ouvirem como é que lá na zona dela funcionou e está a funcionar até hoje , porque assim ficamos mais animadas para trabalhar. Não esperava ouvir uma experiência assim. Eu tenho fé que nós também vamos conseguir, estou aqui segura e dura para aguentar toda “batucada”. Se tivermos dificuldades vamos contactar outras pessoas que têm mais experiência para nos ajudar. Eu quero que todas as mulheres possam participar nos trabalhos de limpeza e outras actividades para ajudar os nossos filhos como em outras comunidades em que a ADRA já passou.”
“Eu gostei muito como ela esclareceu tudo perante as mulheres da associação de Uba Budo para todas ouvirem como é que lá na zona dela funcionou e está a funcionar até hoje , porque assim ficamos mais animadas para trabalhar. Não esperava ouvir uma experiência assim. Eu tenho fé que nós também vamos conseguir, estou aqui segura e dura para aguentar toda “batucada”. Se tivermos dificuldades vamos contactar outras pessoas que têm mais experiência para nos ajudar. Eu quero que todas as mulheres possam participar nos trabalhos de limpeza e outras actividades para ajudar os nossos filhos como em outras comunidades em que a ADRA já passou.”
Esta foi mais uma experiência de troca de informação, promoção e igualdade de gènero que poderá ajudar a transformar a vida de muitas mulheres, crianças e de uma maneira geral a comunidade onde vivem.
Por: Conceição Agati